O mundo global tem explorado a classe emergente. Depois de “Avenida Brasil”, em “Pé na Cova” vemos a empregada achar chique gente comendo torrada, ou avisa estar saindo mais cedo para não chegar em casa perto do horário de voltar.
Fazer comédia de situação está cada vez mais complicado, afinal tivemos tantas e há tantos anos que todo e qualquer argumento se torna ultrapassado. Ninguém melhor para resolver esta bomba do que Falabella. A experiência como ator, o trabalho no teatro, a criatividade nata são elementos apropriados para tirar suco de qualquer assunto.
Veio a ideia da funerária, dos amigos enrolados, da dificuldade para entender o cotidiano e com isso abriu-se o leque. Erros de pronúncia, pensamentos sem nexo, falta de vocabulário e todo o acompanhamento próprio da nossa educação pública inspiram as piadas praticamente prontas, bastando haver talento para expor na tela.
Pé na Cova ressuscitou este tipo de comédia. Chacoalhou os mortos e viu a riqueza dos dentes de ouro. E temos à disposição boas risadas para toda a família.
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